Postar ou não postar: eis a questão? - #newsletter15
Food for likes e a nova Era da Experiência
06 SET. 2024
Quem nunca tirou aquela foto instagramável do prato antes de comer ou pagou caro num restaurante só porque estava bombando nas redes sociais (e talvez nem fosse tão bom assim), que atire a primeira pedra! O ano é 2024 e já faz algum tempo que estamos vivendo uma transição notável para a nova era da experiência, entretenimento e influência, mas como isso afetará o futuro da alimentação? Vem descobrir na nova edição do The Food!
O entretenimento a gente garante, e os insights também! 😎
A nossa news é gratuita e cheia de insights interessantes, com aquela dose de humor que a gente gosta! Que tal compartilhar com um colega?
Em meio a polêmicas e discussões internacionais sobre a influência e o poder das redes sociais nos últimos dias, inclusive na formação de opinião e até na definição do futuro político dos países, de uma coisa ninguém pode discordar: existe um mundo antes das redes e um mundo depois delas.
As redes sociais mudaram nossa forma de acordar, de passar o tempo, de interagir com as pessoas, de nos comunicarmos, de nos informar sobre o mundo, de estudar, de trabalhar, de expressar nossas opiniões, de consumir produtos e serviços e, sim, de comer!
Os brasileiros passam em média 9 horas e 32 minutos online por dia, sendo o segundo país no ranking mundial que mais passa tempo na internet. Além disso, também ficou em segundo lugar em utilização de mídias sociais.
Ou seja, nós passamos mais de um terço do nosso dia conectados.
Dizem que nós somos a média das 5 pessoas com quem mais convivemos, mas e se uma dessas “pessoas” com quem passamos tanto do nosso tempo fosse uma rede social? Não seria estranho pensar então que nós sejamos influenciados em alguma escala por ideias, opiniões, e claro, publis!
Mas se é publi, é bom ou não?
Com tantas publicidades nas redes sociais, vindo principalmente de influenciadores com seus vídeos virais, as pessoas chegam até a se perguntar se aquele lugar ou aquela comida é mesmo boa ou é “só publicidade”.
Mas, com dúvidas ou não, será que esses conteúdos realmente influenciam o consumidor a consumir aquela experiência? E se, sim, se a comida é apelativa o suficiente para ser postada no feed ou para fazer um vídeo, faz diferença se ela é mesmo tão deliciosa assim como afirmam? No fim das contas, o que define o que é realmente uma “experiência” para o consumidor?
>> Recomendação de leitura: “Quando a comida é feita para ser postada, importa se ela é boa?”
Segundo dados do consumer insights da MindMiners, 6 em cada 10 seguidores já compraram produtos ou serviços recomendados por influenciadores. E quando perguntados sobre como avaliam o nível de confiança nos influenciadores que seguem em relação a suas opiniões e recomendações, mais da metade dos entrevistados afirmaram ter nível de confiança alta (34%) ou muito alta (19%). Apenas 5% afirmaram ter confiança baixa (4%) ou muito baixa (1%).
Um caso, inclusive, que foi noticiado nos últimos dias, e que tem tudo a ver com essa nova onda de influência, aconteceu na Islândia, que ficou desabastecida de pepinos depois que um criador de conteúdo viralizou com suas receitas de saladas de pepino no Tiktok. E esse é só um exemplo de até onde algo tão simples pode chegar com as proporções das redes.
Alguns restaurantes inclusive passaram a proibir influencers e criadores de conteúdo de produzir vídeos em seus espaços não só para não interferir na experiência dos demais clientes, que podem ser incomodados com as gravações, mas também por não conseguirem lidar com a demanda gerada pelas viralizações nas redes sociais.
E as redes só têm refletido algo que já percebemos há algum tempo: as pessoas estão em busca de novas experiências no dia a dia, e a comida tem grande participação nisso!
A WGSN, identificou em seu relatório de consumer insights sobre o Consumidor do futuro 2026 uma tendência de alteração no padrão de consumo, onde migramos da cultura do mimo e do “eu mereço” para um consumo por experiência.
Mesmo com as incertezas econômicas e com o custo de vida alto, estima-se que os consumidores gastarão menos em objetos físicos e mais em experiências.
No Brasil, (52%) dos consumidores têm essa intenção. Nos EUA, 63% da Geração Z e dos Millennials dizem preferir gastar em experiências a guardar para a aposentadoria, e 35% da Geração Z prioriza experiências de entretenimento.
Não à toa, vemos cada vez mais a promoção de experiências físicas e virtuais ao invés de só o produto em si, além das collabs que também cresceram muito nos últimos anos.
A Starbucks, por exemplo, criou sua versão premium através da Starbucks Reserve que já está presente em alguns países e inclusive na América Latina. Essa loja diferenciada promete trazer uma experiência premium aos amantes de café.
E por falar em premium, há também quem consuma produtos de entrada das marcas de luxo, que possuem um valor mais baixo, como pequenos acessórios, por exemplo, apenas para ter a experiência de abrir uma embalagem especial. Além de consumir nos cafés e restaurantes que muitas dessas marcas têm apostado, como o Ralph’s Coffee, a Gucci Osteria, a Dior Café e várias outras.
E aqui entramos no cross-category para criação de experiência, ou seja, explorando uma união de diferentes segmentos. Foi o caso também da sorveteria da Granado, que criou sabores de sorvetes inspirados em suas essências, ou da Cacau Show, que está investindo num projeto de parque temático.
As datas comemorativas também podem trazer uma oportunidade no sentido da experiência de consumo. A Fanta todo ano lança uma versão da Fanta Mistério que é aguardada com curiosidade pelo público na época do Halloween. A Santa Helena também apostou nessa tendência com a Paçoquita sabor “Meia-noite eu te conto”.
E quando falamos de experiência aliada às redes sociais, cafeterias como a We Coffee também têm se destacado no mercado por sua experiência instagramável, desde o ambiente minimalista e futurista até a apresentação dos alimentos e bebidas diferentes servidos no local.
A união dessa experiência digital e física tem sido muito presente, o famoso phygital. Embora estejam constantemente conectados, os consumidores também querem ter uma experiência física em algum grau. Afinal, o local, a música, o cheiro ambiente também fazem parte da experiência de consumo.
Comer uma pipoca de micro-ondas sabor pipoca de cinema em casa, embora traga praticidade e possa ser um substituto muitas vezes, não equivale exatamente à mesma experiência que comer a tal pipoca de cinema no cinema. A volta da procura pela experiência no varejo físico no pós-pandemia demonstra muito isso.
A Nike, por exemplo, perdeu bilhões de dólares em valor de mercado e em grande parte porque focaram muito nas vendas apenas pelo site, sacrificando as lojas físicas e as vendas por atacado para parceiros. Assim, o consumidor teve dificuldades de encontrar os produtos nas lojas, o que também reduziu seu reconhecimento de marca.
E o próprio varejo físico tradicional também terá que se reinventar num futuro próximo para atender esse público que busca cada vez mais por diversão e entretenimento, trazendo experiências sinestésicas únicas, como no caso dos restaurantes e cafeterias.
O desafio das empresas do futuro é justamente saber criar uma experiência para o consumidor que possa abraçar o físico e o digital de diferentes maneiras, trazendo o melhor dos dois mundos.
>> Veja o início dessa conversa em nossa edição #5 do The Food
Outra vertente que temos observado é o aumento da experiência através de um consumo cada vez mais voltado à individualidade do cliente, cada vez mais personalizado de acordo com a rotina, interesses e o perfil das pessoas.
Existe inclusive nas redes o chamado efeito what about me, ou num português claro: “e eu?”, que diz respeito justamente ao fato de que num mundo tecnológico e regido por algoritmos, onde estamos tão acostumados com feeds personalizados para nos entregar aquilo que nos interessa, como consumidores queremos também que todas as experiências e conteúdos sejam voltadas para nós e nossos gostos pessoais.
Por isso, quando o mundo fica cada vez mais personalizado, comunicações muito genéricas não são mais opção, e a própria personalização se torna parte da experiência do cliente.
Aqui ainda poderíamos citar muito mais exemplos de como a experiência tem se introduzido cada dia mais no mercado de alimentação, como as ativações especiais em festivais de música, os combos e decorações específicas de filmes e séries do momento, como vemos com o McDonald’s e o Burger King, ou temáticas específicas como no restaurante Pym Kitchen da Disney, inspirado no Homem-Formiga e que brinca com os tamanhos e cores dos alimentos, além de um ambiente temático.
As possibilidades de inovar na experiência do cliente são muitas e para se manterem relevantes no mercado as marcas de alimentos terão que estar atentas às demandas dos novos consumidores conectados que esperam encontrar mais personalização, diversão e entretenimento em suas experiências, e que contam com as redes sociais como forma de influência e experimentação.
Essa foi a camada 7/10 em nosso Ciclo de Interpretações do Futuro para o mercado de alimentos, que exploraremos no The Food ao longo de 2024. Nos acompanhe por aqui para não perder as próximas edições!
📰 Vale a pena checar!
Essas são as notícias do mercado que separamos como destaque nesse mês, para você ficar por dentro das principais novidades e tendências do setor de alimentos e bebidas!
We Coffee, fenômeno no TikTok, quer faturar R$ 100 mi e planeja loja no RJ
Nestlé e Sadia se destacam no ranking de marcas de sucesso em 2024
Seara Gourmet aposta em experiência gastronômica em sua nova campanha
Creamy e The Coffee se unem em linha de hidratantes labiais com aromas
Geração Z impulsiona demanda por bebidas funcionais e com baixo teor alcoólico
Dermage e Vero Latte lançam sorvete antioxidante com vitamina C
Momento de inspiração 💡
Falando em experiência, o Airbnb lançou recentemente a categoria "Icons", ou “Icônicos”. Segundo o CEO, “enquanto a vida se torna progressivamente digital, estamos focados em trazer mais magia para o mundo real”. Vem conferir:
🍿Para Maratonar
Aluga-se um Paraíso - Onde assistir: Netflix
Nesta série, cada episódio traz três opções de hospedagens de temporada e mostra como cada hóspede procura uma experiência além da estadia no imóvel.
Super Pumped: A Batalha pela Uber - Onde assistir: Apple TV
Série baseada na história verídica da ascensão e queda do fundador da Uber, Travis Kalanick.
Jobs - Onde assistir: Apple TV
Filme biográfico, baseado na carreira do inventor, empresário e magnata americano Steve Jobs, que mostra sua vida desde a juventude até a fundação da Apple, quando passou a ser considerado um dos mais criativos empresários da época.
📖 Para ler
Sinopse: A história da Starbucks não é apenas um registro de crescimento e sucesso. Ela conta também como uma empresa pode ser construída de maneira diferente. Em Dedique-se de coração percebemos que uma empresa pode, sim, funcionar com o coração, nutrir a alma e ainda dar lucros.
😎 Mais coisas legais que vimos por aqui!
Para incentivar as crianças a explorar o "mundo lá fora", Fruittella lançou o livro “Lá fora é mais legal” em que suas páginas só se revelam sob a luz do sol.
McDonald's lançou a campanha chamada "É por isso que eu chamo o Méqui de Méqui" com 4 episódios que contam histórias de pessoas reais que tiveram algum episódio de suas vidas marcadas pelo Méqui.
🧪 Te convidamos a testar...
Recentemente tivemos o lançamento de vários protótipos incríveis e inovadores na FISA 2024. Vem conhecer alguns dos conceitos que apresentamos:
Fruit Infusion Boost – bebida rica em colágeno, fibras, vitaminas e minerais, pensada para cuidar da saúde dos ossos. >>> Ver vídeo
Trioblend Mix - pó para preparo 3 em 1 – com uma única mistura você prepara: Pão de Queijo, Biscoito de Queijo e Bolo Luiz Felipe. >>> Ver vídeo
Pistacchio Protein Crunch - suplemento alimentar em barra sabor pistache com TCM e 22g de proteína. >>> Ver vídeo
Ficou interessado(a) em saber mais sobre esses protótipos? Entre em contato com a nossa equipe de especialistas:
No nosso blog ✏️
Perdeu nossas últimas publicações? Vem conferir essas matérias incríveis que separamos pra você!
Co-criação de fórmulas com IA: como explorar essa tendência?
O futuro dos alimentos e bebidas funcionais
Perdeu nossas últimas News? Fique por dentro de tudo que rolou:
Aproveita e já segue a gente nas redes sociais para não perder mais nenhuma novidade:
Instagram: @mastersense
LinkedIn: /mastersense
Youtube: @mastersense_
Por hoje foi isso, pessoal! Obrigado por nos acompanhar até aqui!
Nos vemos no próximo The Food!